sábado, maio 16, 2009

íman de merda

hoje fui à praia (mas que vida tão agitada tens tu, cláudia, poderão pensar). quis tirar as meias que o sol me marcou. levei o belo do livro e do mpthree. tudo corria plo melhor. um bocadito de vento, mas nada muito mau. estava eu na 42ª página d'As velas ardem até ao fim, quando reparo que estava uma figurinha à minha frente, a tentar captar a minha atenção... (aqui comecei a pensar: ai jesus! que tenho uma nádega de fora e o rapaz tá aqui pa me avisar!) tirei os fones e oiço um:
- du iu áve a smouque?
what the fuck?!
e o rapazito sentou-se à minha frente, com as chanatas meeeeesmo ao lado da minha cara. e começou a falar comigo, numa língua muito estranha...

grande aparte:
eh pah c'um cacete!não sou muito de conversas com desconhecidos e ainda mais com um gajo que me vem cravar. nestes casos sou mais ou menos como a rainha de inglaterra e ele, qual michelle obama, não tinha nada que falar comigo sem eu ter falado primeiro com ele!

adiante...

ao longo da conversa que ele insistia em ter comigo, em que me contou a história dele, demasiado irreal para mim, reparei que havia qualquer coisa de estranho. ora vejamos, será normal uma pessoa que não fala português dizer frases como:

- ai ame ere in de ailand PORQUE (apercebeu-se de que fez merda) ... bicose... blablablabla...

ou

- mai fader is in mozambique, hi constractes BARRAGENS (mais uma vez apercebeu-se de que fez merda)... oh au do iu sei?blablablabla...

não me parece...

por esta altura já estava eu a acenar com a cabeça a tudo aquilo que ele me dizia e a arquitectar um plano pa me livrar dele.
PLANO A: começo a arrotar e a peidar-me que nem gente grande, a tossir as entranhas cá para fora, esperar que venha uma GANDA gosma e acidentalmente acertar-lhe com ela em cima do pé. soa bem...
PLANO B: encenar um telefonema em que se ouvissem frequentemente as palavras: amore, sim, tou à tua espera e um (ou vários) bastante convincente amo-te assim muito muito muito muito muito muito muito.

passo então a reproduzir a conversa que tive com a minha mãe salvadora:
mãe - então, já estás na praia?
me - então, amore?
mãe - olha, a mãe vai agora aspirar a casa, ...
me - sim, tou à tua espera, perto do bar.
mãe - o quê?
me - mas despacha-te que parece que está a ficar frio...
mãe - ...
me - vá. até já. amo-te assim muito, muito, muito, muito, muito, muito, muito.
mãe - ...

3 minutos depois e foi-se embora e eu pude aproveitar o solinho que me cozeu toda!

bom fim-de-semana

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